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Foto do escritorFrei Franklin Freitas

Páscoa: Uma boa Notícia!

Celebrar a Páscoa neste tempo de profundas angústias que vivemos por tudo o que envolve a pandemia, seja pelas vidas perdidas, pelo luto de tantas famílias, pela crise política e econômica que nos enredam, ou ainda por tantas outras situações particulares, é um grande alento. Recordar que Jesus foi até o mais extremo na sua dedicação e amor por todos os fracos e pecadores, ricos e pobres, doentes e excluídos é uma boa noticia também para os nossos dias. A vitória da ressurreição é um alento para todos que também doam a sua vida e partilham do que tem pelo bem comum.

Recordar a memória da ação de Deus na nossa historia faz a gente enxergar bem mais longe, especialmente, enxergar sua presença entre tudo que estamos enfrentando. Nos faz crer ,contra toda a desilusão, que vale a pena viver e que podemos ver um tempo novo no meio de nós. Ainda que não possamos nos abraçar agora, somos chamados a unir nossas forças e nos ajudarmos a viver mais fraternalmente, buscando e oferecendo o perdão, e ao mesmo tempo, superando o nosso egoísmo que muitas vezes nos impede de ver o outro.

A experiência profundamente humana de Jesus, ao se encontrar com todos, contagiou aos discipulos e a todos os que conheceram Jesus, e os impulsionou depois de sua crucificação e ressurreição a quererem seguir vivendo tal experiência aprendida. Esteve tão presente que não poucos foram também ao mais extremo, doando-se pelo Reino. Vida nova se viu entre aqueles que o seguiram e vida nova se vê em quem se deixa educar por ele.

Muito desta exacerbação das discussões politicas que vemos mostram que há pouca abertura para o diálogo e para a construção de caminhos novos. A visão curta e egoísta impede de olhar e compreender o outro. Cada um quer ser a medida da verdade. Algumas vezes até se vê tentativas de reduzir a força libertadora da boa notícia de Jesus. Ele atraiu multidões, mas em momento algum deixou ser bajulado ou transformado em ídolo. Antes quis que vivessem o que ele vivia, amassem como ele amava, perdoassem como ele perdoava.

O convite da quaresma era que rasgássemos não as vestes, mas o nosso coração, vencendo as maldades, arrogâncias e crueldades. Nos convidava a tirar o coração de pedra e a colocar no lugar um coração de carne. Contemplemos nestes dias da semana Santa da Paixão, do Lava- pés, da Santa Ceia da comunhão e da Ressurreição o quanto Deus nos ama e deseja que nós vivamos tão intensamente o seu amor. Esta semana, se meditada, ajudará a abrir nosso olhos e ver muito mais longe e melhor.


Uma Abençoada Pascoa.


Frei Pedro Bruxel OFM




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