Quando jovem, muitas vezes eu observava algumas mães amorosas e prestativas com os filhos, outras nem tanto, ou seja, sem paciência mesmo. Sempre me indagava como eu seria, quando mãe fosse e, aliás, nem me via como mãe.
Dois filhos, duas crianças muito diferentes, nos gostos, nas atitudes, nos pensamentos, no aprendizado, nas aceitações, fases difíceis, tanto pra mim mãe que precisava dar toda essa atenção, como pra eles que precisavam entender que cada um teria seu momento particular.
Mas com tudo isso, até hoje com eles praticamente adultos, tem dias complicados, mas tem outros dias de glórias.
A alguns meses atrás nossa família passou por um momento difícil envolvendo a saúde do meu filho mais velho. Um dos momentos mais difíceis para mim como mãe. Tive de largar tudo para estar integralmente ao lado do meu filho. Mesmo ele já sendo adulto, porque assim são todas as mães. Nossa missão não tem hora e nem prazo de validade.
Mesmo o meu filho já sendo um adulto, para mim, foram dias sufocantes, tristes, muitas noites sem dormir, mas em nenhum momento medi esforços. Meu coração de mãe só se sentiu aliviada quando ele retornou do hospital para casa. Está se recuperando bem. Se precisasse faria tudo de novo por ele e pelo mais novo. Mesmo os dois sendo adultos eles são e sempre serão para mim os meus meninos.
Acompanho sempre cada um em seus dias. Coração de mãe é assim mesmo. Não vê
idade e nem tempo. Faz parte da missão das mães serem meio coruja mesmo e acompanhar os filhos para sempre. Por tempo indeterminado. Se doar por eles até quando Deus assim permitir.
A vida não para e isso faz parte do tempo. Nossos filhos continuarão sempre crescendo mesmo depois de adultos. Assim são os olhos das mães diante dos filhos. Sempre serão nossas crianças que tememos não saber caminhar sozinhas. Podem se casar, terem suas vidas, seus filhos... Continuamos sempre acompanhando, porque realmente nós mães não temos prazo de validade.
Clair Behrenz de Mello
Paróquia São Bonifácio de Agudo