Em 2021, num mundo coberto de propaganda e massivo conteúdo midiático, é comum entender os dias que passam como membros de uma rotina cansada e pouco inovadora. Como franciscanos leigos, religiosos e religiosas devemos buscar em São Francisco e Santa Clara uma nova forma de enxergar as horas que nos cobrem e nos tornam parte da Criação, podemos assim remover das nossas vistas o véu obscuro que cobre nossa face. Em uma básica tentativa de compreender o carisma franciscano é necessário que perguntemos: São Francisco, que pensas?
Como agimos em um mundo que padece? Existe verdade caridosa nas nossas ações ou nos ocupamos de atos de bem como resultado para sanar carências espirituais? Precisamos de um norte, e o encontramos de uma única forma: observando a luz que Clara carrega e a ascese benevolente de Francisco. Temos conosco chaves que nos permitem vagar luminosamente em um mundo de obscuridades, encontrando assim, uma resposta de Francisco, um alento que permanece eternamente vivo.
Um interessante objeto de estudo é como Francisco encaminha os irmãos a uma nova forma de compreender a si mesmo, contemplando um caráter que recorda da união entre homem e universo, homem e natureza. Esse chamado para que possamos nos perceber é o mesmo que nos chama a perceber Jesus: "Em todo o lugar estão os olhos do Senhor, observando os maus e os bons." (Provérbios 15:3).
Existe uma necessidade que emana do povo, a necessidade de ser amada e ensinada a amar, uma sociedade que pensa coletivamente em um bem comum, sigamos assim seguindo os passos de Jesus que sempre nos conduz a uma vida de ordem, paz e bem.
Álvaro Brandão – Vocacionado franciscano
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