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Pastoral da Acolhida em Candiota

Acolhida antes de mais nada é hospitalidade "hostis", estrangeiro. É favorecer e conseguir tudo aquilo de que o ser humano necessita: reconhecimento dos seus direitos, trabalhos, assistência... Acolher é compreender: aceitar o outro como ele é e valorizá-lo por ser pessoa, apesar de suas limitações. Acolher é inserir: enquanto a pessoa se sentir excluída, marginalizada, não se sente acolhida. Inserir é ser capaz de trazer o outro(a) para dentro de nós e integrá-lo no contexto eclesial e social.

Na diocese de Bagé estamos animando a pastoral da acolhida, já que Candiota é o foco da vinda de muitas pessoas em vista de emprego, por causa das empresas e construção de termelétricas, e que estão presentes na cidade e aos poucos se apresentam nas Comunidades. A dinâmica acontece em todas as missas; no final pedimos se tem pessoas vindas a primeira vez na Comunidade, para nossa surpresa, sempre tem gente nova. Convidamos vir para frente e se apresentar "nome, cidade ou estado de origem" e a comunidade acolhe. É tamanha a alegria daqueles que são estranhos e ali são reconhecidos e chamados de irmãos. Acolhimento um verdadeiro ministério diante de um mundo marcado pelo individualismo e pela indiferença para com o próximo. Também é o caminho da passagem de "estrangeiro" para irmão, de hóspede para "um de casa". Na acolhida eu quero ser alguém para os outros e que os outros sejam alguém para mim. A pastoral da acolhida, antes de ser um trabalho, uma tarefa ou uma pastoral, é uma atitude evangélica que brota de um coração convertido pelo amor misericordioso do Pai; é uma ação concreta que ajuda as pessoas a se sentirem mais importantes, a se verem como filhos de Deus, que são amados e queridos por outros irmãos. A pessoa, quando chega à comunidade e é bem acolhida, tem vontade de permanecer e, se a acolhida foi verdadeira, ela permanece de fato. A Boa acolhida é uma das qualidades mais importantes e nossas paróquias e de nossas presenças. Recordemos a acolhida que Jesus fez a mulher tida como pecadora. Ao ser acolhida com amor, a mulher demonstrou muito amor, acolheu a Jesus com o mesmo gesto de amor. A Boa acolhida provocou na mulher uma mudança radical. Pois se dependesse da acolhida do "Certo fariseu" a mulher continuaria sendo a mesma pecadora. Não podemos imitar o fariseu em nossas Pastorais. Objetivo: Preparar agentes da pastoral da acolhida como discípulos e discípulas. Organizar nas paróquias a Pastoral da Acolhida, com uma coordenação. Toda pessoa que procura a Igreja deve ser acolhida com simpatia. O poder que a acolhida tem na vida das pessoas, e isso deve ser levado em conta nas dioceses, paróquias e comunidades. Isso, porque, segundo o mesmo documento, "as pessoas não buscam em primeiro lugar as doutrinas, mas o encontro pessoal, o relacionamento solidário e fraterno, a acolhida" (cf. Doc 71 n° 99 - CNBB). Sem acolhida não é possível ensinar nem viver as doutrinas da Igreja. "Acolher bem, também é evangelizar".


Frei César dos Santos Machado, OFM

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