Baseando-me em algumas perguntas que a gente se faz, ou faz nas comunidades, eu vejo que ser um leigo engajado é estar sempre a serviço da comunidade que se vive, dos mais necessitados, é doar-se totalmente sem esperar nada em troca. O mesmo bem que fazemos ao outro é o bem que somos gratificados. A vocação do leigo vem de dentro de cada um. Do mais profundo da nossa espiritualidade. Eu não fui só escolhida, mas por Deus eu fui também capacitada. Sim recebemos em algumas vezes formação pra desempenhar certas tarefas, mas muitas pessoas mesmo recebendo formação, não florescem e nem conseguem se sentir enviadas. Do contrario se fecham. Todas as pessoas que são batizadas e creem em Cristo podem ser leigas engajas em suas comunidades. Sempre falo para as pessoas com quem trabalho na minha missão como leiga que somos os apóstolos que Cristo enviou. Como leigos devemos ensinar sobre Cristo junto com a nossa comunidade e da maneira simples que sabemos fazer. Essa é a nossa vocação e uma das nossas principais escolas é o diálogo com as pessoas sempre com humildade e disposição de ouvi-las. O leigo dentro e fora da Igreja precisa ser sempre o fermento, o sal, a luz. Em nosso dia a dia precisamos ser como Jesus, ser ouvintes atentos para a oração, precisamos ser como Marta, que abraça o irmão sem distinção de cor, de religião, de gênero, precisamos saber aceitar essa diversidade de povos e precisamos ser como Maria, que nos leva a esse Deus pelo caminho da Verdade e da Justiça.
Clair Behrenz de Mello - Paróquia São Bonifácio de Agudo (RS)
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