Clara é uma das poucas mulheres de sua época que deixou escritos. Em seu tempo, poucas mulheres eram alfabetizadas. Hoje todos têm o direito de aprender a ler e escrever, e diversas possibilidades para poder comunicar seus pensamentos. Mas... como comunicamos o amor de Cristo?
As cartas eram o principal meio de comunicação daquele século, as destinatárias das cartas de Santa Clara que se conservaram, foram duas mulheres, Inês de Praga e Ermentrudis de Bruges. O conteúdo das cartas de Clara, são cheios de significado, nelas ela trata da amizade, da aspiração da alma e da oração que para si, é contemplação amorosa.
Sabemos que os meios de comunicação nos dias atuais são cada vez mais variados e fáceis de acessar, a humanidade está conectada e trocando informações, as redes sociais aumentam a capacidade de relacionar-se com outras pessoas, independentemente da distância, também o constante contato com amigos e familiares, nos permite manter laços mais estreitos através de longas distâncias.
A cartas da Santa de Assis serviam para que ela conhecesse melhor as irmãs que desejavam seguir o mesmo ideal. Clara sempre sensível, humana e cumulada de amor divino, revela o encanto de sua feminilidade, delicadeza, nobreza, simplicidade e amor. As palavras ardentes, apaixonadas, quando menciona Jesus Cristo refletem o seu ser de cristã contemplativa transformada em ícone da divindade, pela ação do Espírito Santificador.
Lanço alguns questionamentos sobre o uso das tecnologias da comunicação: O que comunicamos às pessoas, tem o mesmo espirito missionário e evangelizador de Santa Clara? O que pretendemos ao usar as redes socais para nos relacionar com as pessoas? Buscamos fortalecer o bem nas relações e transmitir uma cultura de paz à humanidade?
Temos um espelho de comunicadora a seguir e um reino de paz para construir também com palavras, imagens... E para quem nunca leu as cartas, segue abaixo um link para que possam acessar tão rico material, cheio da beleza da amizade, do cuidado e do amor. Cartas que trazem mensagens tão atuais e nos levam a questionar nossa vida, além de nos dar luzes para vivermos nosso Ideal de Vida Franciscano.
Maricélia Morais Ribeiro - JUFRA
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