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Sexta-feira Santa: O Reino de Deus questiona os reinos

Sexta-feira Santa

O Reino de Deus questiona os reinos


A primeira impressão é que o Tríduo Pascal se reduz a Sexta-feira Santa. Muito se faz o uso das artes cênicas para expressar esse momento de dor de Jesus. A sexta-feira Santa é marcada pela execução de Jesus numa cruz. Sendo a sentença ditada pelo governador romano. Fruto da acusação anterior feita pelas autoridades judaicas. Jesus foi considerado perigoso porque a sua mensagem e atuação, denunciavam o sistema vigente Alguém que condenava publicamente o sistema do templo e que falava de um reino que não era o de Roma, não podia continuar movimentando-se livremente, principalmente nos movimentos da festa da Páscoa.

A crueldade da crucificação tinha como meta aterrorizar a população e servir como exemplo. Vítimas nuas, agonizando na cruz, num lugar visível, público. Chamado também de Servile Supplicium. Quem passava ali na Páscoa do ano 30 não contemplava nenhum espetáculo. A cena é de partir o coração. Jesus morreu perdoando, e o fez em silencio, até lançar o forte grito: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?” Apesar de todo o sofrimento e dor, Deus continua sendo o “seu Deus”. Tudo fica agora nas mãos do Pai.

É um dia de penitencia, jejum e orações. As Escrituras e as orações litúrgicas nos levam ao Calvário, para remontar e rememorar a Paixão e Morte redentora de Jesus. Adoramos a Cruz, pois foi nela que Ele realizou plenamente a obra confiada pelo Pai: Ele entrou nos abismos, sofrimentos e calamidades mundiais para transformá-los e libertá-los das trevas. Tudo em vista de um amor pleno do Pai por nós.



Frei Jorge Luís Huppes OFM




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